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Parte 1 — A depressão muda o curso da vida

  • Foto do escritor: Andressa Estauber
    Andressa Estauber
  • 28 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de ago.


A depressão não é só tristeza.


Ela é uma doença grave, que compromete o bem-estar, a saúde e a forma como a pessoa vive o cotidiano. E talvez o impacto mais cruel seja justamente esse: ela muda a maneira como se vive. O ritmo, as decisões, o corpo, os pensamentos, tudo passa a girar em torno de um esforço constante para continuar.


Enquanto uma pessoa que não tem depressão consegue realizar tarefas básicas com mais facilidade, quem convive com a doença precisa fazer um esforço imenso para o que, à primeira vista, parece simples: manter uma alimentação regular, cumprir uma rotina mínima, conseguir se concentrar.


E isso cansa. Vai drenando a energia. Estressa o corpo, exaure a mente.


Às vezes o corpo responde ficando mais lento, outras vezes mais agitado. Mas em ambos os casos, o sofrimento é real e contínuo.


Boa parte do dia da pessoa é tomada por tentativas de manter o funcionamento.


Não esquecer de comer. Não deixar de responder alguém. Terminar uma leitura simples.


Coisas que, para quem vê de fora, talvez não pareçam nada demais.


Mas que, para quem está deprimido, custam caro.


E o que sobra, muitas vezes, é insatisfação.


O desânimo com a vida pode acabar buscando compensações em outros lugares: compras impulsivas, gastos excessivos, decisões feitas no impulso de anestesiar algo.


E isso gera mais um problema, mais um peso, mais uma cobrança.


Essa é a dor silenciosa que nem sempre se vê.


Mesmo com psicoterapia, mesmo com medicação, o esforço continua.


O curso da vida fica diferente. Mais lento. Mais pesado.


Falar sobre depressão exige sensibilidade e responsabilidade.


Porque não se trata apenas de ver o lado bom ou pensar positivo.


Trata-se de reconhecer que o sofrimento pode ser profundo, e ainda assim silencioso.


E que a vida, nesses momentos, se torna um exercício de sobrevivência diária.


Quer entender melhor os critérios diagnósticos e como diferenciar tristeza de depressão?

 
 
 

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